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Homework


Imagem retirada daqui




Júlia sempre foi meio nerd's. Hoje isso tem um sentido bem diferente pra mim do que quando eu era alvo de rotulações como essa. Já cheguei a falar aqui sobre como somos diferentes nesse aspecto. Tenho um orgulho danado dela gostar da escola, querer aprender mais e mais.

Só que de uns tempos pra cá tenho percebido algumas alterações nela. A tarefa de casa está mais puxada e ela tem tido muita dificuldade. Aí ela tem ficado com preguiça... espera que eu dê as respostas. Nesses momentos ela faz EXATAMENTE como eu fazia!

A professora já comentou que ela se distrai fácil e que algumas tantas vezes fica pra trás nas tarefas de sala. É conversadeira a menina e já teve que mudar de lugar para conseguir terminar seus exercícios. So like me...

Confesso que tenho estado ansiosa diante dessa mudança. É como se eu tivesse certeza que, por ser diferente de mim, ela não enfrentaria os problemas que tive. Agora já não caminho com essa fé e sinto um certo despreparo meu para orientá-la. Vejo minha criança atuando e não a mãe que me tornei.

Tenho pensado no que fazer para ajudá-la e percebi algumas falhas minhas. Ela não tem uma rotina de tarefa. Preciso definir horário e local para que ela faça a tarefa de casa todos os dias na mesma hora e no mesmo lugar. Além disso, imagino que a dificuldade dela possa ser um mecanismo para me aproximar. Se ela diz que não consegue e fica com postura derrotista, eu chamo atenção, exijo postura e concentração. Certamente será melhor que eu dê esse olhar de que ela precisa sentando junto e transmitindo confiança/segurança. Minha impaciência faz com que eu não fique muito disponível nesse momento.

Alguém já passou por isso? Como é a hora da tarefa por aí?!

Comentários

  1. Fabi, é uma situação tão delicada, né? Sem querer nos projetamos e projetamos neles as nossas esperanças, nossos sonhos e desejos. Quando aconteceu isso com a Bia, juro que eu ficava angustiada demais. Cheguei até a cobrar...depois, conversando com outras amigas que, por sinal, são professoras elas me pediram pra deixar correr solto um pouco.
    A rotina de tarefas sim é muito importante, mas não devemos cobrar demais, sabe? como se o futuro dela dependesse disso. Elas são CRIANÇAS e como toda criança querem brincar.

    Outra coisa que me angustiava muito era que a Bia até o começo desse ano, não queria ler. Nenhum livro a atraía por mais de 5 min, não conseguia terminar uma leitura. Fiquei mal...imaginando o que teria feito de errado e me culpando, até que li um post da Ivana - Coisa de Mãe, onde ela falava que até os 8 anos as crianças não conseguem se prender tanto numa leitura e isso é ABSOLUTAMENTE normal. Nossa, foi libertador. A fase passou e hoje ela lê um livro atrás do outro. Sem cobranças.

    Espero que vc ache a melhor saída pra vc e sua ´pequena.
    Só não se culpe, promete?

    Beijo

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  2. Que lindas suas filhotas!
    Com certeza a hora da tarefa é difícil, porque afinal é muito mais legal brincar do que fazer dever de casa. Mas, com rotina e horários tudo se encaixa e dá certo. E muiiiiiiiiiiiiiita paciência da mãe...
    Beijos!
    Ingrid
    http://www.maravilhosomundodasmaes.blogspot.com/

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  3. Fabi, minhas filhas ainda não vão pra escola, mas tenho algumas dicas do meu tempo de professora rsrsrsrs.
    O que você já listou é com certeza super importante: um horário e um local fixo para fazer as tarefas, de preferência em um lugar calmo, onde ela se sente bem confortável, sem barulho e distração (nem da irmã mais nova!). Veja se ela já está bem descansada (converse com ela quando ela pode brincar, se antes ou depois da tarefa, mas não deixe a tarefa muito pro final do dia, é melhor que tudo seja feito até umas 5, 6 horas da tarde no máximo) e alimentada. Vocês também podem combinar quando você vai ajudá-la: se só no final, quando tudo estiver resolvido (também é importante deixar alguns errinhos para que a professora veja onde estão as dificuldades!) ou se durante a execução da mesma. Uma coisa que costuma motivar é fazer com que a criança comece a tarefa fazendo um exercício mais fácil, para "aquecer" e depois partir para os mais difíceis.

    Beijo,
    Karen
    http://multiplicado-por-dois.blogspot.com/

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  4. Difícil para mim opinar, afinal, educação infantil é bem diferente, né?
    Mas sábado eu participei de um encontro sobre escolas, além de várias experiências que conheço então, o que vem a seguir é palpite total, ok?
    Não dúvido de sua projeção e mesmo necessidade de organizar melhor a rotina, mas sua filha não tem sequer 7 anos, o que estão cobrando dela é legal, necessário? Será que uma criança nessa idade deveria ser obrigada a ficar sentada fazendo tarefas na escola e mais outras em casa? Todas crianças dessa idade estão prontas para isso? Será que a pedagogia escolhida combina com ela?
    Depois do encontro que comentei, sai pensando que escolhemos a escola por nossos ideais e afinidades, mas deveríamos escolher pela afinidade e jeito de ser de cada filho...
    Beijos!

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  5. caramba... cada fase um desafio, né? nunca tinha pensado ainda nessa questão das tarefas... 
    mas achei sua auto-análise perfeita. e concordo tb com a dani: será que não tá over pra ela, e isso tá fazendo ela se desinteressar? pq, vamos combinar, o que mais tem por aí são escolas e professores prontinhos pra destruir o interesse genuíno das crianças (como era o caso da sua filhota) pelo aprendizado. Acho que vale ver se não tá rolando algo assim, antes de jogar toda a culpa nas próprias costas,
    beijoca e depois conta o desenrolar pra gente.
    thaís

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  6. Meu bebê tem só 2 meses e 12 dias, maaaaaas, eu assisto a Supernanny britânica TODOS OS DIAS! HAHAHAHAHHAHAHA Ela defende isso, sabe? Criar uma rotina, colocar a criança pra fazer as tarefas em um lugar e numa hora, todos os dias. E sempreee coloca os pais juntos, pra compartilharem desse momento! :))

    Beeeijos

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  7. Oi, Fabi,
    a hora da tarefa pode ser tensa, às vezes. Não são só as crianças, acho que todo mundo preferiria fazer o que gosta e o que é mais fácil. Não curto quando sinto que eles estão "encostando", ou fazendo sem capricho. Mas aprendi uma coisa maravilhosa com minha mãe (que foi professora): ao máximo, deixe que a criança faça o dever sozinha. Por várias razões: isso a obriga a prestar atenção na aula, porque sabe que em casa não terá "reforço";  ela exercita a autonomia; se a gente faz por ela ou corrige, a professora jamais vai saber que ela está tendo dificuldades.
    A escola às vezes manda "dever pros pais", ou seja, tarefas que a criança sozinha não faria. Penso que o objetivo é integrar a família no processo, mas então não pode ter tensão, né? Nesses casos, tento incluí-los no maior número de coisas possível. No mais, deixo que eles façam tudo o que conseguem e só intervenho nas dúvidas mais cabeludas.
    Mas te digo, não é fácil mesmo não... :)
    Beijos,
    Marusia

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