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Mostrando postagens de setembro, 2017

O parto dos gêmeos - Parte 3 (final)

Caminhando pelo hospital (Taíza, eu e minha mãe) Depois de finalizar a burocracia da internação, fomos finalmente para o quarto onde ficamos acompanhando as contrações que estavam mais ou menos de 3 em 3 minutos. E assim seguiram até 5h da manhã quando tive uma parada de progressão. Parou. Tudo. Eu não sentia mais absolutamente nada. Lembro-me bem do medo. Medo de chegar até ali e acabar morrendo na praia. Eu estava então com 5 cm de dilatação. Voltar para casa não era mais possível. "- Só sairemos desse hospital com os bebês nos braços.", falou Dra. Caren. Juan ficou super ansioso com isso! Eu e Taíza começamos a caminhar pelo hospital, subimos e descemos as escadas. Todos olhavam para nós. Eu devia ser a maluca do  parto  normal de gêmeos. Chamamos uma acunpunturista para fazer uma sessão de indução. Taíza deu uma saída para preparar um chá especial pra mim, tomar um banho e trazer mais óleo de rícino pra eu tomar. E nada acontecia. Eu não sentia mais nada.

O parto dos gêmeos - Parte 2

O primeiro encontro com a Dra. Caren foi como todos os outros que se seguiram... uma delicia! Alternávamos conversa séria a boas gargalhadas. Sentia uma intimidade no ar, como se aquele laço já estivesse previsto. Eu saia sempre feliz e confiante daquele consultório. Enfim encontrei uma médica que não me enganaria aos 45 minutos do segundo tempo. A gravidez transcorreu na maior tranquilidade. Não tive problemas com pressão alta e nem desenvolvi diabetes gestacional, apesar do medo que tivemos pelo ganho de peso elevado - principalmente nos primeiros meses. Sentia apenas um enjôo intenso, com diversos episódios de vômito e um desconforto muito grande nas costas e no quadril, o que fez com que eu me afastasse do trabalho ainda com 5 meses de barriga. O risco era de  parto  prematuro e eu repetia o mantra "37 semanas" todos os dias. Só então os bebês seriam considerados a termo. Eu conversava com eles pra que esperassem o dia 08/09, que não viessem antes. O tempo foi pa

O parto dos gêmeos - Parte 1

Ainda na vibe  do aniversário dos gêmeos (que foi há uma semana) e da atualização do blog, resolvi postar o relato do parto dos gêmeos que escrevi quando eles ainda tinham apenas 2 meses de vida fora da barriga. Decidi dividir o texto em partes para a leitura ficar mais leve, visto que caprichei nos detalhes à época! Curioso como as lembranças se perdem e como eu contaria tudo de uma maneira diferente se fosse escrever hoje... Foto: Ana Paula Batista Minha história não começa no dia 18/09/2014, nem 3 semanas antes quando comecei a perceber as contrações de treinamento. Minha história começa naquele dezembro de 2004, às vésperas do réveillon, quando completei 40 semanas de gestação e ouvi da médica que meu desejo pelo  parto  normal era um capricho perigoso. Eu já conhecia o sistema, só não pensei que o terrorismo fosse tão forte. Tive minha primeira filha, Júlia, por meio de uma cesárea completamente desnecessária. Quase 6 anos depois, em outubro de 2010, tudo pare

Só um minuto. A mäe tá cansada.

Eu ando cansada. Muito cansada. Percebo todos os dias ao acordar que meu corpo só queria continuar ali… esticado na cama . Custo a aceitar que esse seja um movimento normal da vida. Tenho tendência a crer que estou perdendo tempo. Mas algo tem me derrubado e antes mesmo de abrir os olhos por completo me pego listando mentalmente tudo o que pode estar sugando minhas energias. Sugestão: não faça listas mentais, elas sugam sua energia.  Voltando às razões  do meu cansaço.  1) não tenho dormido direito há meses. Fato que Jade é o bebê mais tranquilo de todos que já tive. Não sofreu com cólica um dia sequer e se acalma facilmente no peito. Porém, dormir colada a o bebê não me proporciona um sono reparador. Faço cama compartilhada porque acho muito melhor que passar horas madrugada a dentro, de pé, embalando a criatura. Outra coisa, antes mesmo dela nascer eu já estava há tempos sem dormir bem. Barrigão sem posição, dor na lombar sem fim e falta de ar.  2) os gêmeos insis

Eu voltei!

Depois de 5 anos sem atualizar o blog resolvi retomar. São várias as razões, mas a mais romântica delas é que preciso escrever. Necessito. Só que tanta coisa mudou nesses anos, então precisei mudar também por aqui. O blog tinha por nome 2-ao-quadrado. Uma alusão ao fato de que minha família tinha se tornado um time de 4 depois da chegada da Joana. Eu, Juan, Júlia e Joana. Só que agora somos 7. Depois da Joana tivemos os gêmeos, Joaquim e Juliana. E esse ano fechamos a produção com Jade, a baby caçula da casa. O mais curioso foi reler alguns textos que escrevi lá atrás... tem um em que falo da possibilidade extinta de um terceiro filho. Só rindo.  Eu e os Jotas Escrever alivia minha mente. Já tentou? Para mim, funciona melhor até do que ler. Mas sei que preciso mesmo é aprender a meditar, esvaziar tudo de verdade e respirar. Confesso que tento, faço um dia sim, três semanas não. Ultimamente, as coisas na caixola estão uma zorra. É muito menino e compromisso de menino para dar c