"Amor, nunca foi tão divertido ficar sem luz, né?!"
Viver em família é algo que exige certa movimentação. Viver bem em família, corrijo.
Certamente, aqui ainda estamos em adaptação. Uns com os outros. Então vivemos dias de teste, constantemente.
Todos os dias a Joana é a primeira a acordar, a Júlia a segunda. Eu vou zumbizando até a sala, ligo a tv (parceira em algumas horas...), prendo a pequena no carrinho com uma peta de distração, coloco o controle nas mãos da maior que decide ora por Nick Jr. ora por Discovery Kids e volto para a cama. Isso me faz ganhar mais uns 30 minutos deitada (porque eu não exatamente durmo). Confesso que adoro esse momento... fico ouvindo os barulhinhos das duas... ou o silêncio delas e o som da tv. Júlia conversa com a irmã, mostra bichinhos interessantes na tela. Joana ri, às vezes reclama de alguma coisa.
Quando levanto, parto para arrumações. Trocar o bebê, arrumar quarto, cozinha, mochilas. Júlia come algo, faz tarefa de casa. Joana empurra alguma coisa dandando pela casa.
Em alguns dias tudo transcorre bem, em outros tudo "funciona" a base de broncas e ameaças. Em alguns dias o Juan está junto, em outros ele dorme até a hora de sair para o trabalho.
Temos conversado muito sobre família. Sobre papéis. Sobre compromissos. Sobre responsabilidades. Sobre desejos. Sobre direitos. Sobre ele. Sobre mim. Sobre elas.
Apesar da minha ansiedade louca que faz com que eu sempre tenha vontade de tratar tudo (e todos) como um botãozinho on/off; apesar da minha imaturidade que faz com que, geralmente, eu não consiga esperar por nada... as coisas tem se arranjado.
Toda essa experiência em família, não mais como apenas filha, tem me ensinado muito sobre o tempo. O tempo das coisas e das pessoas. Eu sempre quis acelerar o tempo. E o tempo que atropelei agora me faz falta. Talvez seja tempo de aprender sobre paciência. Sobre acreditar.
Hoje, Joana acordou, Júlia acordou, eu, sala, tv, cama, eu, arrumações, Juan, sala, eu, sala, tv... um momento... todos juntos... devedê do Luan Santana girando no aparelho e... acaba a luz.
"Vamos descer com as meninas?" Ele disse.
"Vamos!! Boa ideia!" Eu disse.
Brinquedo pra Joana empurrar, bola pra Júlia chutar e ficamos (os 4) brincando por mais de hora no pilotis!
E, por fim, a frase do começo... ele disse... e eu percebi... que as palavras tem poder, mas algumas coisas só são entendidas quando vividas com o coração.
Imagem retirada daqui |
Caramba! Lindo! Se tem algo que a maternidade me trouxe foi paciencia, pq tbm sou de querer as coisas p ontem! As vezes agente tem q ser empurada p algumas situações para vivermos experiencias novas, e essa, com certeza ficara marcada p vc e para as crianças! Beijos
ResponderExcluirhttp://nossoimperador.blogspot.com
Que delícia! Ficar sem luz (e sem internet, néam?) faz com que a gente aproveite muito os filhos!
ResponderExcluirBeijos
Rapha, mãe da Alice
Filhote de Humano
Maternar Consciente
Fabi, eu era igualmente ansiosa, mas depois do Lorenzo fui aprendendo a respeitar o tempo dele. Acho que minha vida mudou muito e pra melhor com isso. Gestei minha terapia! Ser mãe me deu essa oportunidade.
ResponderExcluirQuanto a falta de luz, adorei a conclusão do marido... Eu busco tanto essa vida mais simples: sem tanta tecnologia e mais pés descalços! Quem sabe um dia?
Beijocas
É verdade Fabiana, maridão tem razão, parece que as tecnologias e a correria do dia, nos impedem das coisas simples!
ResponderExcluirE confesso, faço a mesma coisa aqui, o pequeno acorda, ligo a tv e ele fica assistindo enquanto eu cochilo mais uns minutinhos. hehehehe
beijos
Oi, Fabi,
ResponderExcluirtambém tenho feito minhas "orações ao tempo":
"Compositor de destinosTambor de todos os ritmosTempo tempo tempo tempoEntro num acordo contigoTempo tempo tempo tempo..." (Só podia ser Cae...)
Beijão!
Marusia