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Relato ao quadrado (Parto da Joana) - continuação

(continuando...)

Então que minha segunda gravidez ficou marcada para ser totalmente diferente da primeira.

A segunda - depois que eu passei REALMENTE a desejar por ela - seria programada (alguém aí já vomitou tanto que ficou com trauma da gravidez??). Eu estaria muito bem casada, com a carreira caminhando bem... Eu pararia de fumar 2 anos antes (é... eu fumava), faria exercícios físicos durante toda a gravidez para não engordar mais que 13kg... Eu diria poucas e boas para qualquer médico que viesse com papo cesarista antes da hora... Eu não iria sofrer de ansiedade (mãe experiente não tem pressa)... Eu iria fazer um plano de parto... Eu iria... Eu iria...

Joana foi concebida com muito amor, mas eu ainda estou estava engatinhando na vida profissional e morava na casa da minha sogra (num espaço em que um armário fazia divisória entre a cama de casal e a cama da Júlia). Lembro do dia em que fizemos Joana...

Eu usava desde os 4 meses de vida da Júlia o DIU de cobre. Nunca me deu problemas, apesar de aumentar um pouco o meu fluxo menstrual (que sempre foi intenso). Tirando o desconforto... isso não seria impedimento para o uso do DIU caso eu não tivesse uma anemia severa... depois de uma reposição de ferro intravenosa meu ginecologista indicou a troca do DIU de cobre pelo Mirena (com hormônio). Fui murrinha, não dei ouvido para o Juan que dizia ser mais barato o Mirena que ter um filho (ô boca!) e fiquei tentando encontrar uma pílula, pois queria engravidar dali 3/4 anos. Reagi mal às pílulas que tomei e nesse troca, troca... engravidei.

A notícia não foi dada como eu imaginava, a reação do pai não foi como eu sonhava... o xixi no palitinho foi feito com mãos trêmulas, sozinha, no banheiro do trabalho. O choro no telefonema para o Juan era de desespero e não de alegria como eu queria. Depois desse primeiro susto, depois da revelação para a família, depois de concluírmos que a vida ia dar um jeito... a gravidez começou a ser curtida. Percebi, dessa vez, as mudanças no meu corpo de uma forma incrivelmente lúcida.

Aos 2 meses de gestação tive um sangramento provocado por um hematoma próximo ao saco gestacional e tive que ficar de repouso absoluto até o 4º mês. Nesse período fiquei distante do meu companheiro física e emocionalmente... Nos meses seguintes sofri de muito estresse. Lembro de me desculpar com a barriga muitas vezes... aos prantos. Cresci muito e descobri novos limites pessoais.

Depois de liberada quase não fiz exercícios, não me alimentei como tinha planejado. No 6º mês tive outro sangramento. E lembro que dizia que a Joana não ia querer nascer depois de tanta droga que tomei para segurá-la. Tinha medo de não entrar em trabalho de parto de novo.

Desde o início disse ao meu médico que queria tentar um parto normal. Contei da minha primeira experiência e estava tranquila de que ele era o homem certo para me acompanhar (eu tinha assistido a uma palestra dele num curso que fiz ainda grávida da Júlia e ele defendeu lindamente o parto normal e se mostrou escandalizado com o alto índice de cesáreas nos hospitais particulares). Só que desde a primeira consulta ele disse que só faria um parto normal caso eu fosse dessas mulheres manteigas... mal entra em TP e 8 cm de dilatação. Qualquer coisa diferente disso seria muito arriscado. Eu deveria ter buscado outro médico desde já, mas... eu tinha o discurso dele na cabeça e, além disso, ele é hiper respeitado e recomendado.

Meu ganho de peso excessivo começou no segundo trimestre e me surpreendia que a cada consulta ele só me elogiasse. Ele sempre dizia que eu era grande e que não precisava me preocupar. Mas eu precisava sim. O ganho de peso me deixava mais cansada, prostrada. O ganho de peso me afastava do parto normal tão desejado. Ao final da gestação eu contava 25kg a mais. Minhas pernas e pés estavam inchados como eu nunca imaginei ver. Elefantiase, sabe?

A DPP da Joana tinha sido marcada pelo doutor para 10/10/2010. Só que nesse dia eu teria 39 semanas e 2 dias de gestação e não 40 como reza a lenda. Só fui questionar o médico sobre isso na última consulta. Na consulta em que ele sugeriu que eu marcasse a cesárea para esse dia. O argumento dado por ele é que sempre há uma variação de 1 ou 2 semanas na contagem... e que ele não queria arriscar a minha contagem estar errada para mais (mas tudo bem estar errada para menos????). Será que eu fiz essa pergunta? Nem lembro mais... enfim...

A minha ansiedade estava bombando!! Na última semana de gravidez eu tive a companhia da minha mãe (que estava mais nervosa do que eu). Ela marcou as férias dela para me acompanhar no primeiro mês com a Joana. Minha relação conjugal estava muito fragilizada e esse apoio dela foi fundamental para que eu não caisse em depressão. Só que ela marcou as férias muito cedo... e aí eu comecei a torcer para a Joana chegar logo. Uma gravidez de risco... toda trabalhada para que chegasse pelo menos na 37ª semana... todos meio que esperavam por um bebê prematuro. E nada. 37, 38, 39 semanas e nada. Eu comecei a achar que seria como da outra vez. E foi.

O médico jogou o terror... perguntou se eu queria marcar a cesárea para o dia 10/10 ou se eu queria esperar mais. "A escolha é sua" ele embalou. Eu pensei... e ele logo interrompeu minha reflexão para me lembrar que no dia 10 a agenda dele estaria disponível e que daí pra frente ele não poderia garantir. Que eu podia tentar meu parto normal, mas que provavelmente não seria com ele. Pronto. Tirou meu chão, minha segurança. 1 semana das férias da minha mãe já tinham passado... a Joana poderia demorar por mais 3 semanas... e eu me vi sozinha. Estava gorda, pesada, inchada, cansada, triste, com medo da solidão... e disse ok.

Lembro que sai da sala do médico com a sensação de que poderia me arrepender, mas que naquele momento era aquilo que eu dava conta de fazer. Eu mal andava e já estava esbaforida... como iria aguentar horas de TP? Olhando para mim era nítido que eu não tinha me preparado para o parto dos meus sonhos... mas ainda conversei com a barriga... desejando que Joana resolvesse sair dali sozinha... antes do dia 10.

Não aconteceu.


Arrumei minhas últimas coisas no dia 9 e 00h fomos para o hospital. Eu poderia ser internada a partir das 00h01 do dia 10. Trâmites de convênio. Dessa forma eu não precisaria sair correndo pro hospital no meio da madrugada (e correr o risco de chegar atrasada... de novo). A dica foi do médico... e eu gostei. Demorei um monte para conseguir dormir, a cabeça não parava. Juan apagou... nessa época ele estava envolvido com a pizzaria que estava abrindo... e isso consumia muito dele. Muito mais do que eu gostaria... Às 6h, mais ou menos, uma enfermeira entrou para que eu começasse a me preparar para o parto. Tomei banho, pedi aos anjos que me protegessem e que trouxessem minha filha com muita saúde. E chegou a hora. Juan ficou comigo durante todo o tempo. Na sala de espera (tinha uma fila de cesáreas marcadas...) começamos a ouvir o choro do bebê que nasceu antes da Joana. O pai se emocionou tanto que parecia a filha dele. Eu estava calma. Não tinha mais ansiedade, nem preocupação. Já sabia o que estava por vir. Entramos na sala de parto, tomei anestesia, vomitei... percebi a sala beeeeeem menos gelada de quando tive a Juju (foi tudo no mesmo hospital). Não passei mal como da outra vez, mas estava meio grogue. O Juan chorava e tirava fotos... eu tinha pedido pra ele registrar aquele momento da melhor maneira possível. Ele tirou nota 10! Percebi o médico tenso... um pouco depois de dizer que "estava quase" ele disse "obrigado, meu Deus... ganhei meu dia!". Eu não tava entendendo nada daquilo. Joana nasceu, não chorou e foi levada rapidamente pela pediatra (acompanhada do Juan) sem ao menos colocarem ela perto de mim... lembro de me dizerem "mamãe, ela já volta... não se preocupa!". Como assim??? Não senti aquela emoção do nascimento da Ju... eu nem conseguia chorar... eu só repetia... baixinho (minha voz ACABOU nas duas vezes - terá a ver com a anestesia??)... "cadê minha filha, preciso ver minha filha". O anestesista foi o único que me "ouviu" e ele dizia que ela estava bem... que já viria. Eu só conseguia pensar no choro que não ouvi... no rostinho que não conheci. Aí o meu médico vira para o outro e fala "4 circulares!! Já tinha visto?! É raro!". E aí o Juan entra com minha pequenina nos braços... toda enroladinha... olhinhos abertos e linguinha inquieta. Logo fomos para a sala de recuperação, eu estava doida para colocá-la no peito. A enfermeira ajudou e dessa vez achei bem mais fácil (mesmo sem poder levantar a cabeça - que saco!). Ela mamou bastante e eu não demorei quase nada para voltar a sentir as pernas. Foi muito rápido! Lembro que meu corpo começou a formigar... chamei a enfermeira, relatei a sensação e ela disse "é normal... é por causa da morfina!". Morfina???? Isso foi novo pra mim. No parto da Júlia fizeram a peridural, no da Joana a raquidiana (com morfina... o médico disse que trata as grávidas dele como pacientes de câncer... são pessoas que não merecem sentir dor. Achei meio bizarro, mas não senti dor alguma mesmo). Não sentir dor foi importante para dar conta da primeira noite com ela. Juan apagou... esgotado, pois não dormia bem havia umas 3 noites. E eu - macaca véia - dei conta da neném madrugada afora com o soro grudado no braço. Foi fácil não... mas fico orgulhosa de ter conseguido. Dessa vez não tive problemas com a pressão e à noite já andava pra lá e pra cá. Tomei banho sozinha. No dia seguinte o doutor veio me ver e conversar. Disse que Joana estava com toda a extensão do cordão enrolada no pescoço. Disse que se sentiu agraciado por não termos esperado mais, porque se eu entrasse em trabalho de parto ela naturalmente entraria em sofrimento. Será?? Disse que foi difícil tirá-la por conta disso. Disse que ela não chorou e que estava um pouco roxinha. E, por fim, pediu desculpas por ter feito uma nova cicatriz em mim. Que a médica anterior cortou muito abaixo do que ele costuma e que ele preferiu a segurança pela estética. Não me preocupei com isso... minha primeira cicatriz é quase imperceptível e espero que a segunda também seja.


Por todo esse tempo fiquei calculando o que poderia ter feito diferente. Sei que os partos das minhas filhas não entram para o hall de partos ideais, mas acho que não devo mais ficar buscando os culpados por isso. Aliás, é claro que me sinto a maior culpada pelas minhas experiências, mas acho que é hora de deixar isso para trás. Tenho duas histórias de sucesso... dentro do que foi possível viver. A indignação que alimentei até hoje foi útil para que eu pudesse conhecer mais sobre partos, sobre médicos, sobre nascimentos, sobre bebês, sobre mim. Mas a lamentação não me traz fruto algum.


Hoje tenho a visão do quanto é importante ter informação. Mas também é importante ser capaz de defender aquilo que se acredita. Acho uma pena, quase um crime, que para ter um parto normal a mulher tenha que lutar por ele. No meu caso, perdi a batalha pela ansiedade, pelo medo. Ir contra o sistema faz com que a gente assuma toda a responsabilidade pelo o que vem depois. Eu vacilei nesse momento. Tinha medo de algo dar errado e de enfrentar a família, o médico... Imaturidade e despreparo. 


Continuo com o sonho. O sonho de escrever a minha própria história. De sentir que meu parto pertenceu a mim. E esse caminho começa na gestação... ou talvez antes... lá na fecundação. Mas com certeza não terei outro filho só para poder ganhar mais uma chance. Nem sei se terei outro filho...


Comentários

  1. Fabi, como vc, eu me ressinto de não ter sido protagonista dos meus partos. No primeiro, me omiti mesmo. No segundo, bem que tentei, mas as circunstâncias de uma hora para a outra se tornaram desfavoráveis. E não vou "inventar" um terceiro filho só para parir, embora ache péssimo passar pela maternidade se,m ter tido esta sensação até o fim.
    Espero (e lutarei por isso, as apoarei e encorajarei) que as minhas filhas possam parir.
    Beijos

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  2. Uma conhecida tinha duas cesáreas e ficava planejando o terceiro filho, sempre na dúvida.
    Então uma pessoa muito durona e poderosa do movimento de humanização do nascimento fez a pergunta na lata: afinal, você quer mais um filho ou mais um parto.
    Ela conta que pensou muito e concluiu que sim, queria mais um filho. E teve um PD. E vive pensando no quarto, mas diz que o marido não pode nem ouvir sobre o assunto. Cá entre nós, eu sempre fico na dúvida, não que a filha dela não seja querida e amada, mas o principal motivador, eu acho que foi o parto. Já o desejo do quarto, bom, é sério, esse negócio de ocitocina (natural) vícia. Se fosse por parir, eu queria uns 10, mas para filho, para mim 02 estará de bom tamanho. Aff!

    Ah! Não se esqueça que contos de fadas são apenas isso, contos de fada.

    Beijos!

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  3. Fabiana, eu nunca quis ter parto normal. Aliás eu nem sabia se queria ter filhos. Qdo engravidei eu já sabia que queria uma cesária, e no final das contas precisei fazer pq a Clara estava sentada. Mas concordo plenamente com vc, é um absurdo que a mulher tenha que lutar pra ter um parto natural. No meio de tanta pressão ela é o lado mais fraco, que acaba cedendo a tanto problema e dificuldade lançados pelos médicos. O direito de escolha tem que ser respeitado!
    Beijos

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  4. Fabi, a segunda gestação não foi fácil né?! E vc vc fez o que tinha que ser feito, naquele momento. Esse negócio de cordão enrolado assusta um pouco né? Lembro que minha ultima ultrason foi com doppler, e vi que o corão tava meio enroscado na cabecinha do bb, no início fiquei com medo, pq o povo aqui me assustou, mas não sei se pq essa situação era fácil de resolver, meu parto foi normal. Mas meu filhote nasceu com a testinha cheia de manchinhas, parecia sangue pisado sabe? E os olhinhos tbm bem vermelhos.. perguntei na hora o pq e eles disseram que foi o cordão. Demorou uma semana pra sair as manchinhas!

    Bj  

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  5. Pois é, Paloma!
    Preciso "resolver" essa mágoa de não ter sentido uma contração sequer... de não ter assumido as rédeas de um momento tão meu (e dos meus bebês)... de não ter feito o "certo" nos preparativos... enfim, preciso me libertar dessa sensação de que fracassei. Senão vou querer outras oportunidades para acertar... e aí é errado! Isso sem falar no sentimento péssimo de viver com uma falta... ainda mais quando não me falta nada! Minhas filhas estão aqui, lindas e saudáveis!! E como vc bem coolocou minha experiência pode servir para que eu possa apoiá-las no futuro... quando (e se) elas resolverem ser mães!
    Beijooooos

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  6. Dani, como eu gosto das suas palavras!!

    Contos de fadas são mesmo apenas contos de fada... e para falar isso assim pra mim... parece que vc conhece minha trajetória de anos! :-)

    Eu me sinto assim... irresponsável de pensar num terceiro... já que ainda nem acertei a vida com as duas que já tenho! E tamanha irresponsabilidade me fez refletir se o desejo é por um filho ou por uma outra chance...

    Refletir sobre minhas histórias, encarar minhas sombras... é uma forma de evitar agir por motivações erradas.

    Enfim, pra fazer o certo que eu tanto sonho, o ideal.. esse "erro" estaria errado!rs E eu continuaria com a mesma sensação de failure... então tá tranquilo!rsrs ;-)

    Obrigada!! Beijos

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  7. Ivna, a segunda gestação foi barra, osso... sofri um monte!
    E só por isso eu deveria conseguir me "perdoar" por não ter tido a força que gostaria...
    O cordão assusta mesmo. Eu tinha feito US 3 antes e não tinha aparecido nada. O que penso é... se eu tivesse esperado o tempo dela... será que ela não teria se desenrolado naturalmente???
    Mas não existe "se" não é mesmo?! E por isso resolvi escrever esses relatos... colocar no papel... ler, reler e me libertar!
    Beijos

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  8. Escrevi uma resposta e sumiu. Sumiu????

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  9. Ufa! Que bom que gosta das minhas palavras! Muitas vezes acho que falo/escrevo mais que deveria, mas já que gosta...

    Fiquei apreensiva nessas suas colocações sobre certo x errado, irresponsabilidade. Espero que escrever, refletir, desabafar sobre suas angústias ajudem a jogar luz em suas sombras para que você aceite sua história, não de forma resignada, mas com paz em seu coração.

    Beijão!

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  10. Oi querida,

    Primeiro, obrigada pelo comentário lá no blog.

    Também acredito que a informação e empoderamento podem fazer muita diferença no nosso parto. Mas nada disso garante o parto dos sonhos. Eu tive muita garra, informação e força de vontade, mas hoje tenho muito medo de como será meu segundo parto, ja que o primeiro acabou sendo um parto muito, muito difícil. Foram 50h de trabalho de parto, Nic nasceu com mais de 4kg. Não acabei numa cesárea, mas acabei com epsiotomia e tendo que usar extrator a vácuo (uma especie de forceps). Não foi nada bonito. Agora, que estou gravida de novo, estou buscando dentro de mim aquela força que tive no primeiro parto, mas com a consciencia de que as vezes nem tudo acontece como planejamos, por mais que acreditamos.

    Eu não passei pela experiencia no Brasil, mas imagino que deve ser ainda mais dificil. Como vc mesma disse, lutar contra o sistema, assumir toda a responsabilidade da escolha, não é mesmo fácil! Mas ainda tem tempo, quem sabe no proximo? Torço por você.

    Beijos,

    Lu

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  11. Sumiu não!!rsrs
    Pois é, Dani... esse é meu desejo. Sei que o tempo vai me ajudar a iluminar essas angústias... mas só de escrever e "ouvir" o que outras mães tem a dizer parece que o caminho fica menor e mais claro!
    Obrigada pela sua sinceridade e pelo seu carinho!!
    Beijos

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  12. Sabe, Lu... hoje assistindo a um daqueles programas de parto no Discovery H&H eu pensei exatamente isso. Mesmo com o "poder" nas mãos não há como controlar tudo e não há como garantir o sucesso do plano.

    Mas, menina, vou te falar... acho que meu pezar maior é por não ter tido o apoio que eu acredito ser o merecido para esse momento na vida de uma mulher. Acho que se eu tivesse (nas duas vezes) sido tratada com respeito... não teria ficado tão magoada. Pq terrível é encarar falsas verdades num momento tão único e tão frágil. Por isso me cobro tanto... pq - infelizmente - está na mão da grávida a possibilidade de AO MENOS TENTAR um parto normal.

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