P: Meus filhos não parecem ser capazes de se concentrarem em nada por muito tempo, embora nunca tenham ido à escola. Eu nunca tenho uma folga, a não ser quando a minha filha de sete anos anda na sua motoca, ou quando ambas as crianças se engatam numa briga de travesseiros, que é uma folga de 15 minutos, até que alguém chore. Se nós temos convidados, ou visitamos amigos, eu tenho que comprar-lhes brinquedos novos para brincar, ou contratar uma babá. Como eu posso ajudar os meus filhos a se tornarem mais engajados, e não tão dependentes em serem entretidos?
Coluna de Aconselhamento
por Naomi Aldort
Com sete anos, um dos meus filhos escolheu fazer uma aula de artes num programa de verão. Quando eu fui buscá-lo, ele não estava lá. A professora disse que ele não estava concentrado, e o mandou à sala do supervisor (ela criara pequenos segmentos, e ele não queria parar de pintar para ouvir uma estória). À medida que eu me aproximava da sala, eu ouvia os passos do meu filho descendo as escadas e a voz do supervisor dizendo, “Nós vamos ver o que a sua mãe diz.” Ele pulou na minha direção feliz. “Mãe, a professora de artes interrompeu a minha pintura, então eu passei bons momentos conversando com o supervisor. Eu não preciso dessa aula. Eu vou fazer minha arte em casa sem interrupções.”
Embora seus filhos necessitem do seu amor e atenção, eles não precisam que você providencie um monte de atividades. Quando não são dependentes de estímulo externo, até um bebê pode se engajar com nada mais do que um fio de linha em suas mãos, por um longo período. As crianças estão geralmente ocupadas durante horas, brincado na rua sem brinquedos, atuando em estórias inventadas, construindo castelos de barro, observando as formigas, e mais. Verdadeiramente, elas são mestres em se concentrarem em seja lá o que elas escolham livremente.
Às vezes, a questão não é sobre estímulo, mas sobre querer estar com você. Uma mãe que me ligou por conselho estava tão ansiosa para que seu filho brincasse sozinho, que ele se tornou mais grudado e carente por que estava desejoso por tempo com ela. Nutrir a capacidade de uma criança para se concentrar e se engajar, não é sobre deixar ela ficar sozinha bastante. Se certifique de que a necessidade deles pelo seu afeto e conexão seja preenchido, mesmo quando você está ocupada fazendo outra coisa.
Com freqüência você pode descobrir que a sua própria habilidade de concentração é o problema, e que você ensina uma capacidade de atenção curta. Você alguma vez já leu para a sua criança a mesma estória ou página várias vezes, e você se cansou primeiro? Uma longa capacidade de atenção é da natureza da criança, desde que ela siga suas próprias paixões sem ser interrompida. Mesmo a janta ou a hora da cama podem proporcionar um momento de respeito pelo guia interior da criança.
Os seguintes são alguns dos ladrões comuns da habilidade nata de concentração da criança, e diretrizes de como usar esses mesmos recursos produtivamente:
Criança sendo o centro do lar:
Com a melhor das intenções muitos pais confundem amor e atenção com tornar a criança o centro das atenções. Uma criança que espera que o mundo gire em torno dela tende a ser incapaz de ficar bem sem atenção constante.
Com a melhor das intenções muitos pais confundem amor e atenção com tornar a criança o centro das atenções. Uma criança que espera que o mundo gire em torno dela tende a ser incapaz de ficar bem sem atenção constante.
Brinquedos que tiram o poder de iniciativa das crianças:
Os brinquedos, como nós os conhecemos hoje são novos na história. Ao longo da história, as crianças cresceram sem brinquedos, ou com muito poucos feitos a mão. Embora eu não esteja advogando em favor de abandonar todos os brinquedos, eu sugiro uma dramática redução na quantidade, e uma seleção cuidadosa de qualidade. Os brinquedos de hoje são bons na maior parte para a industria - não para as crianças. Para preservar a habilidade nata das suas crianças de criar e focalizar, diminua os brinquedos que indiquem atividades específicas, e encontre aqueles que deixam muito espaço para criação. Pense em brinquedos como ferramentas, e não como entretenimento. Evite botões de apertar, coisas prontas, e itens baseados em filmes e trapaça. Em vez, tenha coisas que deixem a atividade em si para as crianças; peças lisas, legos lisos (não os conjuntos de estória), bonecas e animais, bola, corda de pular, materiais artísticos, etc. Mais importante, deixe a criança construir e criar com seja o que estiver na casa e no jardim; pauzinhos, pedras, areia, água, yogurte, potes, caixas, meias velhas, roupas e cobertores, etc. Elas podem inventar sua própria dança; construir castelos que não seguem a estória ou o desenho inventados por outra pessoa, criar barracas de cobertores, e atuar em suas próprias cenas. Dessa forma, ao invés de se tornarem dependentes de brinquedos e atividades programadas, elas aprendem que “eu sou minha maior fonte de alegria.”
Os brinquedos, como nós os conhecemos hoje são novos na história. Ao longo da história, as crianças cresceram sem brinquedos, ou com muito poucos feitos a mão. Embora eu não esteja advogando em favor de abandonar todos os brinquedos, eu sugiro uma dramática redução na quantidade, e uma seleção cuidadosa de qualidade. Os brinquedos de hoje são bons na maior parte para a industria - não para as crianças. Para preservar a habilidade nata das suas crianças de criar e focalizar, diminua os brinquedos que indiquem atividades específicas, e encontre aqueles que deixam muito espaço para criação. Pense em brinquedos como ferramentas, e não como entretenimento. Evite botões de apertar, coisas prontas, e itens baseados em filmes e trapaça. Em vez, tenha coisas que deixem a atividade em si para as crianças; peças lisas, legos lisos (não os conjuntos de estória), bonecas e animais, bola, corda de pular, materiais artísticos, etc. Mais importante, deixe a criança construir e criar com seja o que estiver na casa e no jardim; pauzinhos, pedras, areia, água, yogurte, potes, caixas, meias velhas, roupas e cobertores, etc. Elas podem inventar sua própria dança; construir castelos que não seguem a estória ou o desenho inventados por outra pessoa, criar barracas de cobertores, e atuar em suas próprias cenas. Dessa forma, ao invés de se tornarem dependentes de brinquedos e atividades programadas, elas aprendem que “eu sou minha maior fonte de alegria.”
Até mesmo os brinquedos educativos geralmente se atravessam na educação e na autoconfiança. “Mas ela ama fazer cartas de geografia”, uma mãe me falou. Minha resposta é, “se ela realmente ama, você não precisará oferecer, e ela irá implorar por si mesma muitas vezes.” Se ela não o fizer, não será realmente a sua paixão. Em vez, ela pode estar tentando satisfazer a sua expectativa e buscando aprovação. Deixe a criança insistir, do mesmo modo que faz por um doce, e você saberá quais são os seus reais interesses. Aqui vai uma dica simples: Se uma criança não está focando, você pode ter certeza de que ela não está realmente interessada. Ela está focando em outra coisa.
Escolha quebra-cabeças, brinquedos e jogos cuidadosamente para que os desenhos e idéias não incitem mais consumo e privem a criança de criar personagens e estórias. A indústria é projetada para viciar o seu filho em querer o próximo brinquedo ou filme. Escolha quebra-cabeças de paisagens naturais, animais, números, etc., em vez daqueles com personagens de filmes; consiga bonecas de material natural e sem nomes e estórias pré-ditadas, e animais sem papel na televisão. Escolha instrumentos musicais acústicos ou improvise instrumentos que não tocam a canção ou ritmo para a criança.
Material Artístico:
Mesmo alguns materiais artísticos já se tornaram brinquedos promovedores de entretenimento e dependência. Por exemplo, livros de colorir deixam a criança mais dependente e menos criativa. Dê à criança papel em branco, argila, e material de colorir seguros e de boa qualidade, e deixe-a criar suas próprias formas. Do mesmo modo, se você ajudá-la a desenhar, ela virá a ver a si mesma como incapaz, e será mais dependente de você e de outros. Evite material artístico pronto que faz “mágica” e se torna alguma coisa que a criança não pode realmente fazer sozinha. Brinquedos e arte que deixam a criança dependente, deixam você escravo do próximo truque. Além disso, esses sistemas impedem a criança de usar a arte para expressar emoções e desse modo se curar e relaxar. Uma menina de nove anos me contou que ela prefere seguir instruções a criar sua própria arte por que é mais fácil do que pensar por si própria. De fato, essa criança aprendeu a buscar instruções, a inventar e trilhar seu próprio caminho. Seguir instruções está bem também, mas, somente como uma parte mínima da experiência da criança.
Mesmo alguns materiais artísticos já se tornaram brinquedos promovedores de entretenimento e dependência. Por exemplo, livros de colorir deixam a criança mais dependente e menos criativa. Dê à criança papel em branco, argila, e material de colorir seguros e de boa qualidade, e deixe-a criar suas próprias formas. Do mesmo modo, se você ajudá-la a desenhar, ela virá a ver a si mesma como incapaz, e será mais dependente de você e de outros. Evite material artístico pronto que faz “mágica” e se torna alguma coisa que a criança não pode realmente fazer sozinha. Brinquedos e arte que deixam a criança dependente, deixam você escravo do próximo truque. Além disso, esses sistemas impedem a criança de usar a arte para expressar emoções e desse modo se curar e relaxar. Uma menina de nove anos me contou que ela prefere seguir instruções a criar sua própria arte por que é mais fácil do que pensar por si própria. De fato, essa criança aprendeu a buscar instruções, a inventar e trilhar seu próprio caminho. Seguir instruções está bem também, mas, somente como uma parte mínima da experiência da criança.
Livros:
Muitos livros hoje tem figuras demais, não deixando nenhum detalhe para a imaginação da criança. Escolha livros com desenhos de bom gosto, e não exagerado, e estórias que nutram a sensibilidade e requeiram da criança atenção e pensamento. Quando as estórias mudam muito rápido com muita ação elas podem criar dependência de mudanças rápidas. Minimize os livros que ensinam conceitos de bom e mau, vingança e tensão; procure com mais freqüência por estórias que nutram o interesse por simples atividades diárias, cuidado, relacionamentos, comprometimento, amizade e amor. O Patinho Feio mal tem uma linha narrativa, assim como o Ursinho Puff na sua versão original. As interpretações da Disney transformam algumas estórias maravilhosas em shows de televisão, então fique com as originais e encantadoras. As crianças aperfeiçoam seu foco quando a escuta requer concentração.
Muitos livros hoje tem figuras demais, não deixando nenhum detalhe para a imaginação da criança. Escolha livros com desenhos de bom gosto, e não exagerado, e estórias que nutram a sensibilidade e requeiram da criança atenção e pensamento. Quando as estórias mudam muito rápido com muita ação elas podem criar dependência de mudanças rápidas. Minimize os livros que ensinam conceitos de bom e mau, vingança e tensão; procure com mais freqüência por estórias que nutram o interesse por simples atividades diárias, cuidado, relacionamentos, comprometimento, amizade e amor. O Patinho Feio mal tem uma linha narrativa, assim como o Ursinho Puff na sua versão original. As interpretações da Disney transformam algumas estórias maravilhosas em shows de televisão, então fique com as originais e encantadoras. As crianças aperfeiçoam seu foco quando a escuta requer concentração.
Televisão:
Os programadores de televisão assumem o mito da pouca concentração, então a câmera se move a cada poucos segundos, mesmo durante a mesma cena. Isto condiciona o cérebro a precisar de mudanças constantes e não se concentrar em nada por muito tempo. Além disso, assistir até mesmo aos melhores programas priva a criança da invenção ativa, descoberta, imaginação, e aprendizado auto-dirigido. Porque as crianças estão geralmente em um estado tão passivo quando assistem, a televisão é tão bem-sucedida em nutrir uma capacidade de concentração curta, e dependência em estímulo externo e pronto.
Os programadores de televisão assumem o mito da pouca concentração, então a câmera se move a cada poucos segundos, mesmo durante a mesma cena. Isto condiciona o cérebro a precisar de mudanças constantes e não se concentrar em nada por muito tempo. Além disso, assistir até mesmo aos melhores programas priva a criança da invenção ativa, descoberta, imaginação, e aprendizado auto-dirigido. Porque as crianças estão geralmente em um estado tão passivo quando assistem, a televisão é tão bem-sucedida em nutrir uma capacidade de concentração curta, e dependência em estímulo externo e pronto.
TV Educativa:
Eu não recomendo que as crianças aprendam a ler e a contar assistindo TV também. Esses programas causam o mesmo malefício e mais; eles usurpam a criança de inventar seu próprio método de aprendizagem como ela inventou para caminhar e falar. Descobrir o mundo não só aperfeiçoa o cérebro da criança, mas no processo ele nutre o seu músculo de perseverança e focalização.
Eu não recomendo que as crianças aprendam a ler e a contar assistindo TV também. Esses programas causam o mesmo malefício e mais; eles usurpam a criança de inventar seu próprio método de aprendizagem como ela inventou para caminhar e falar. Descobrir o mundo não só aperfeiçoa o cérebro da criança, mas no processo ele nutre o seu músculo de perseverança e focalização.
Vida Corrida:
Evite ensinar a suas crianças pequenas a encaixar mais atividade em menos tempo. Você às vezes interrompe o devaneio do seu filho para oferecer uma atividade? Vida multi-canais treina a mente a não focalizar e ser dependente. Em contraste, fazer uma coisa de cada vez desenvolve a habilidade de estar presente e de amar cada momento.
Evite ensinar a suas crianças pequenas a encaixar mais atividade em menos tempo. Você às vezes interrompe o devaneio do seu filho para oferecer uma atividade? Vida multi-canais treina a mente a não focalizar e ser dependente. Em contraste, fazer uma coisa de cada vez desenvolve a habilidade de estar presente e de amar cada momento.
Falta de Tempo Para Ponderar:
As crianças esperam a quantidade de estímulo que nós as ensinamos a esperar. Dê o exemplo e propicie tempo para ponderar e não fazer nada; tempo para escutar música sem fazer mais nada, e tempo para caminhar ou sentar na natureza e curtir o silêncio, a beleza e os cheiros e sons da natureza. Apenas sentem juntos e contemplem a vista da janela, assistam ao pôr-do-sol na praia, as nuvens, a chuva, a neblina e as estrelas. Todo o resto é uma distração da vida real. Se mantenha focado no momento e em apreciar a beleza e a alegria bem diante de você. As crianças ficam naturalmente absorvidas pelo momento até que nós as distraímos delas mesmas.
As crianças esperam a quantidade de estímulo que nós as ensinamos a esperar. Dê o exemplo e propicie tempo para ponderar e não fazer nada; tempo para escutar música sem fazer mais nada, e tempo para caminhar ou sentar na natureza e curtir o silêncio, a beleza e os cheiros e sons da natureza. Apenas sentem juntos e contemplem a vista da janela, assistam ao pôr-do-sol na praia, as nuvens, a chuva, a neblina e as estrelas. Todo o resto é uma distração da vida real. Se mantenha focado no momento e em apreciar a beleza e a alegria bem diante de você. As crianças ficam naturalmente absorvidas pelo momento até que nós as distraímos delas mesmas.
©Copyright Naomi Aldort
Naomi Aldort é a autora de Raising Our Children, Raising Ourselves(Criando Nossos Filhos, Criando Nós Mesmos)ainda sem título em português. Pais e Mães do mundo inteiro procuram pelo aconselhamento da Naomi por telefone, pessoalmente, escutando os seus CDs, e participando dos seus workshops. Suas colunas de aconselhamento aparecem em revistas de paternidade progressiva no Canadá, EUA, AU, GB, e são traduzidos para o Alemão, Francês, Hebreu, Holandês, Japonês, Chinês, Indonésio e Espanhol.
Naomi Aldort é casada e mãe de três filhos. Seu filho mais novo, Oliver Aldort, tem 14 anos e é violoncelista. www.OliverAldort.com. Seu filho do meio, Lennon Aldort tem 17 anos,é compositor e pianista auto-didata, www.LennonAldort.com.
Para receber seu boletim informativo de graça, informações sobre as aulas por telefone, e produtos: www.NaomiAldort.com ou http://www.authenticparent.com/.
Fabiana, adoro o seu blog, e por isso, o indiquei para ganhar um selinho.
ResponderExcluirPassa lá no blog!!!
Beijos,
Bá
www.omelhordomundoinfantil.blogspot.com
Realmente Fabi, post super, super válido! Tento limitar a exposição da Sophia à tv... o que eu acho apropriado são no máximo 30 minutos por dia. Mas confesso que nem sempre consigo me ater a este tanto. E não é só a tv, né? Temos sempre a tendência de encher a agenda da garotada de atividades. Não podemos esquecer que eles são crianças e que têm que aproveitar ao máximo a sua infância.
ResponderExcluirBeijo!
karen
http://multiplicado-por-dois.blogspot.com/
Fiquei muito feliz com o seu depoimento lá no blog!
ResponderExcluirEle é tão novo e já está ajudando as pessoas!
Fiquei até emocionada!!
Beijos!!!
Rapha
http://maternarconsciente.blogspot.com