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Trabalho e Dinheiro

Hoje é Dia do Trabalho. Um dia em que amanheci refletindo sobre o dinheiro. Interessante, não?! Na verdade acordei pensando na falta dele. Humpt! Cabeça pensante, um pensamento leva a outro e cheguei a um ponto que me trouxe preocupação. Eu não tenho sido bom modelo de incentivo ao trabalho e à independência financeira para minhas filhas. Num momento de pausa ouvi meus dizeres aos desejos consumistas da minha pequena mais velha... frases sórdidas e amarguradas. "Dinheiro não dá em árvore"; "Eu tenho que suar muito para comprar as coisas pra você... cuide do que tem"; "Mamãe não tem dinheiro"; "É caro demais" e por aí vai.

Não acho correto dar tudo o que a criança quiser. É como deixar tudo à mão a um bebê que está aprendendo a andar. Não ajuda. Mas como explicar isso à criança (mesmo que não seja com palavras) sem fazer esse terrorismo contra o dinheiro que tenho feito? Percebo a nocividade de falas assim... mas sinto-me de mãos atadas. Gostaria de descobrir estratégias para instruir minhas filhas a correr atrás do que elas querem/precisam. Estimular a busca, a solução de problemas, estimular a criatividade e o trabalho. Com certeza essa reflexão ainda vai longe.

Comentários

  1. Oi, Fabi, bom dia!

    Ficava sempre pensando de onde eu conhecia esse layout do teu blog! Parece a capa do livro "o poder da mulher que ora no casamento"!!!

    Acho que todas nós repetimos essas frases que não parecem ter muito sentido para as crianças da idade dos meus filhos, que têm 7 e 2 anos, mas acho que quando eles passam a fazer parte da rotina de cuidado, de manutenção, reparo e de batalha pelos desejos e sonhos que temos, podem ter um espaço para refletir sobre a importância das coisas.

    Hoje mesmo vou ver se leio com a Larissa um livrinho sobre consumismo, porque ela não tem noção do valor do dinheiro. Acha que se tem dinheiro, tem que gastar. Então tenho dado a ela algumas tarefinhas, como essa semana, que foi ir até a papelaria que tem no nosso prédio pra buscar cartolinas pra fazermos umas atividades. Verificar se o dinheiro está certo, se sobra troco...

    E o consumismo faz parte de nossa realidade e é complicado de lidar. São artigos de marca, falsificações (para dizer que se faz parte de um grupo inacessível dos que podem ter coisas caras), vontade de ter muitas coisas que nem sempre serão usadas... consumir por consumir!

    Colocar os limites, ao mesmo tempo deixando um sinal para que pensem sobre os motivos de não terem tudo o que desejam acho que é um desafio, porque é fácil discursar, mas a gente sempre tenta e deseja possibilitar aos filhos aquilo que não tivemos oportunidade de ter!

    Só saímos ganhando quando refletimos a respeito e debatemos, não é mesmo?!

    Beijo!
    Ingrid

    ResponderExcluir
  2. Olá Fabiana,

    Vi seu comentário lá no desconstruindo a mãe e vim dar uma olhada.

    Parece que o feriado mexeu com as nossas cabeças, não é!

    Pois é, a gente acaba passando para os filhos todas as nossas crenças mesmo. Seja em torno do trabalho, do dinheiro, dos estudos, de tudo.

    Mas, acho que aqui no Brasil, falta um pouco de dedicação e, diria até informação da nossa parte para instruirmos nossos filhos (e até a nós mesmos!) sobre esse assunto.

    Economia e Finanças ainda são vistas da mesma forma que a Política. A gente tem medo, preguiça, não se interessa. Mas é preciso. Se não, a gente fica muito na mão do outro.

    Tem um site muito bacana, o DINHEIRAMA, que sempre traz reflexões sobre o assunto. Vale a pena conhecer.

    Beijos e adorei seu blog. Parabéns!

    ResponderExcluir
  3. Olá Fabiana,

    Vi seu comentário lá no desconstruindo a mãe e vim dar uma olhada.

    Parece que o feriado mexeu com as nossas cabeças, não é!

    Pois é, a gente acaba passando para os filhos todas as nossas crenças mesmo. Seja em torno do trabalho, do dinheiro, dos estudos, de tudo.

    Mas, acho que aqui no Brasil, falta um pouco de dedicação e, diria até informação da nossa parte para instruirmos nossos filhos (e até a nós mesmos!) sobre esse assunto.

    Economia e Finanças ainda são vistas da mesma forma que a Política. A gente tem medo, preguiça, não se interessa. Mas é preciso. Se não, a gente fica muito na mão do outro.

    Tem um site muito bacana, o DINHEIRAMA, que sempre traz reflexões sobre o assunto. Vale a pena conhecer.

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